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quarta-feira, 31 de março de 2010

Sugestão de jogo

Para aqueles que vivem sonhando em conquistar o mundo, nada melhor que fazê-lo com zumbis não é? Espero que curtam (o zumbi do Michael Jackson é o melhor).

Jogo - Infectonator
Link - http://www.casualmania.com/br/jogos/infectonator-world-dominator.html

Esmola

É certo dar esmola pra alguém?

Talvez você nunca tenha se perguntado isso, mas ao levantar o vidro do carro e fazer sua melhor cara de "eu tô duro" ou sua melhor cara de "some da minha frente", nunca bateu aquela sensação de "e se fosse eu do outro lado do vidro"? Ao mesmo tempo sempre há outras colocações a se fazer: "ele vai usar o dinheiro pra beber", "ele vai usar o dinheiro pra se drogar", "ele podia estar trabalhando". E agora, o que fazer?

O Brasil (e isso você está careca de saber) é um país recordista em desigualdade social. São poucos com muito e muitos com tão pouco. Você talvez faça sua parte todo dia, ajudando as pessoas em orfanatos, em hospitais de câncer, em asilos. Mas, e quando aparece alguém na rua lhe pedindo dinheiro? Você lhe dá o dinheiro abertamente? Ou julga a pessoa como um drogado, ou um vagabundo, ou um alcoólatra e diz que está sem dinheiro? E, quando você dá o dinheiro, você dá por que realmente pensa ser o certo? Ou faz para a pessoa parar de "encher o saco"?

Essa é uma questão que leva a mais perguntas do que respostas. Principalmente porque está envolvida com a ética de cada um e com a moral da sociedade. Você deve ter aprendido que é certo ajudar as pessoas que precisam, mas possivelmente também aprendeu que na vida é cada um por si. Deve ter aprendido que nem todos tem a mesma oportunidade, mas deve ter aprendido também que você deve lutar pelo que quer sem esperar ajuda de ninguém. E então? O que acontece quando há esse choque de valores interno? Como saber se aquela pessoa a quem você está dando dinheiro não é de fato um vagabundo que não quer procurar emprego? Ou que não vai pegar todo esse dinheiro pra encher a cara no bar mais próximo? Ou pra injetar alguma coisa na veia?

Eis a dura resposta: você não vai saber. Você pode até descobrir um dia, mas na maioria das vezes você não sabe o que aquelas pessoas farão com o seu dinheiro. E então acho que a questão mais apropriada seria: é certo dar esmola pela somente pela intenção, ou seria estupidez negligenciar o que a pessoa fará com essa esmola? Isto é, o fato de você dar o dinheiro para ajudar a pessoa é a boa ação, ou você tem que saber o que essa pessoa vai fazer com o dinheiro? Porque mesmo que você pergunte e ela te responda que vai usar para se alimentar, ela pode estar mentindo.

Bem, acabei levantando mais que perguntas do que ajudando a responder a primeira. Mas isso não é ruim, muito pelo contrário, é bom que tenhamos sempre essas perguntas em mente para refletir, pois a relfexão nos faz repensar as atitudes e, quem sabe, tomar a atitude "certa". Ou talvez não haja "certo" ou "errado" nesse caso. "O certo seria o governo providenciar ajuda a essas pessoas" alguém pode dizer, mas seria a culpa só do governo? E se for do sistema capitalista? Ou da natureza humana? Ou da superpopulação? Pois é, temos um grande ponto de interrogação a nossa frente. Cabe a cada um ver qual seria a melhor maneira de respondê-lo.

Eu dou dinheiro sempre que o tenho comigo. Mas não digo que a minha atitude seja "a certa". Eu simplesmente prefiro não correr o risco de deixar alguém passando fome pela minha desconfiança. Mas posso estar enganado, ou pior ainda, posso estar me enganando. Mas e você leitor? O que faz sobre isso?

terça-feira, 30 de março de 2010

Rei Artur

O rei Artur estava a ponto de ir para as Cruzadas. Mas, antes de partir, ele vai ver Merlin, o mago, e lhe pede para fabricar o melhor cinto de castidade que pudesse existir. Isso para que nenhum cavaleiro pudesse atentar contra a virtude de sua linda esposa, sempre com necessitada.
O dia seguinte Merlin volta com um cinto que, contrariamente a todas as expectativas do rei Artur, possui um buraco exatamente onde não deveria haver...
- Merlin, - berra o rei - você está tirando um sarro da minha cara?
- Observe, majestade - diz o mago mostrando uma pequena guilhotina com uma lâmina afiada - ela funciona assim que se introduz algo no buraco....
- Excelente. Realmente excelente! - responde o rei. - Traga-me a rainha, para que possamos instalar esta geringonça!

Três anos depois, Artur está voltando vitorioso das cruzadas. Mas ele não quer nem saber disso, pois, chegando em Camelot, ele convoca todos os cavaleiros:
- Vamos lá, pessoal! Abaixem as calças, é hora da verdade!
Todos os cavaleiros alinham-se frente ao rei e abaixam as calças... Horror e estupefação para o rei, todos estavam emasculados!!!... Todos, exceto o fiel Lancelot.
Artur vendo seu fiel amigo que não o traiu, agarra-o pelos ombros e diz:
- Lancelot, estou orgulhoso de você. Enquanto nenhum dos outros resistiu à tentação de dormir com a rainha, você consegui domar seus impulsos. Por isso, eu te concedo o que você quiser. Faça sua escolha. Diga-me qual é o seu desejo e eu o realizarei.
O cavaleiro permanece em silêncio.
- Vamos Lancelot - prossegue o rei - você pode pedir qualquer coisa!
Lancelot apenas olha para o rei sem dizer nada.
- O que foi Lancelot? Até parece que perdeu a língua!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Músicas inesquecíveis: pacote especial Disney [2]

Como a música de fato é cortada por uns trechos do filme, vocês ficarão melhor com essa montagem. E a música é linda, isso também já basta.



I can go the distance - Michael Bolton (Hércules)

I have often dreamed
Of a far-off place
Where a hero's welcome
Will be waiting for me
Where the crowds will cheer
When they see my face
And a voice keeps saying
This is where I'm meant to be

I'll be there someday
I can go the distance
I will find my way
If I can be strong
I know every mild
Will be worth my while
When I go the distance
I'll be right where I belong

Down an unknown road
To embrace my fate,
Though that road may wonder,
It will lead me to you.
And a thousand years
Would be worth the wait.
It might take a lifetime
But somehow I'll see it through

And I won't look back,
I can go the distance,
And I'll stay on track,
No I won't accept defeat,
It's an uphill slope,
But I won't lose hope,
'till I go the distance
And my journey is complete, oh yeah.

But to look beyond the glory is the hardest part,
For a heros strength is measured by his heart, ohh...

Like a shooting star,
I will go the distance,
I will search the world,
I will face it's harms,
I don't care how far,
I can go the distance,
'Till I find my heros welcome waiting in your arms.

I will search the world,
I will face its harms
'Till I find my heros welcome waiting in your arms.

domingo, 28 de março de 2010

Independência (filosofia)

Uma experiência fantástisca que todo ser humano deveria ter, é ler a Declaração de Indepedência dos Estados Unidos (o texto é pequeno). Permita-me lhes mostrar um pequeno trecho dela:

"Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens foram criados iguais, foram dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade."

Então, para aqueles que redigiram este simbólico documento, ser independente significa ter o magnifíco direito da vida, o direito da liberdade (sendo este um direito que traz consigo muitos deveres) e o direito mais nobre de todos: o direito da busca pela felicidade. Tomando, com todo o respeito e reverência, a ideia de que estes sejam os direitos que um homem necessita ter para que possa ser considerado independente, vamos avaliar cada um deles a fundo para ver se descobrimos o que significa "ser independente".

O direito da vida. A vida, antes de mais nada, é uma condição da matéria. É somente esta condição que o torna diferente de um sopro de vento, de uma pedra, de uma onda quebrando sobre a praia. Mas ela é algo muito mais belo que isso: a vida é um fenômeno único, e ela o é por fazer algo que nennhuma outra condição é capaz de fazer - tornar a matéria inerte em algo animado, capaz de interagir com outros seres vivos e com o mundo ao seu redor. A vida, portanto, é o que integra de modo único, a matéria. Não somente por leis físicas ou químicas é regido o universo, mas pela vida, que é o terceiro elemento integrante ao lado desses dois, mas que, sem dúvida, é o mais peculiar de todos, por ser capaz de pensar sobre si mesmo.

O direito da liberdade. A liberdade é, como eu já disse, um direito e um dever, pois com a liberdade deve vir sempre a responsabilidade. A criatura livre é aquela que tem plena capacidade de exercer suas funções, para se integrar o melhor possível ao mundo que a envolve (ou seja, a liberdade é o direito que lhe permite exercer, o melhor possível, a condição da vida). Mas o homem livre é a criatura que mais deve observar por sua liberdade, pois a ele cabe a tarefa única de zelar pela liberdade dos outros homens e criaturas, assim como pela sua própria. Liberdade humana não significa tomar a atitude que quiser, mas ter o direito de escolher pela melhor atitude. Por isso liberdade envolve sacríficios, envolve entendimento, envolve acordos. Mas ainda sim, é somente por meio dela que se pode exercer a condição final de "ser vivo".

O direito da busca pela felicidade. Este, sem dúvida alguma, é o mais nobre de todos os direitos. Por que é ele, e somente ele, que dá sentido a vida humana. O homem vive para buscar a felicidade, e deve-se lembrar que essa não é uma busca que é feita somente uma vez, é feita sempre, continuamente, pois a felicidade nunca poderá ser atingida em sua totalidade. E ela será, inúmeras vezes, perdida. Então a busca pela felicidade é o motivo pelo qual se vive, e deve ser realizada sempre por meio de seu potencial máximo (liberdade). Lembrando sempre: a busca é contínua, e sua conclusão (não definitiva) é, para que se atinja felicidade genuína, trabalhosa. Mas o seu fim, que é a obtenção (ainda que momentânea) da felicidade, faz valer todo o esforço.

Então agora, o que podemos dizer ser um homem independente? Ser um homem independente é sempre buscar a integração com o mundo (o direito à vida), exercer o melhor que puder essa integração, de modo a não prejudicar a integração dos outros seres (o direito à liberdade) e, nesse interím, buscar contiuamente o sentido pelo qual você se integra, que é ser feliz (o direito à busca pela felicidade).

Agora leitor, pense a respeito disso e se pergunte: você é independente?

sexta-feira, 26 de março de 2010

Teoria do Caos

"Uma inteligência conhecendo todas as variáveis universais em determinado momento, poderia compor numa só fórmula matemática a unificação de todos os movimentos do Universo." Assim falou Laplace. Matemático, astrônomo e físico francês, desenvolveu vários teoremas úteis a matemática, mas também estudou a teoria a qual cunhou essa frase a respeito: a teoria do caos.

E sobre o que trata essa teoria? Resumidamente, seria o fato de que alguns eventos naturais, devido a um grande número de váriaveis que o afetam, ou devido a uma mínima variação em uma dessas variáveis que altera todo o resultado final, se tornarem imprevisíveis. Não ajudou muito né? Ok, vamos facilitar. Vocês sabem por que os climatologistas erram tanto a previsão do tempo? Porque o tempo se comporta conforme a teoria do caos. Ele é afetado por inúmeros fatores distintos: umidade, luminosidade, ventos, pressão, temperatura, etc. e a menor alteração em um desses fatores, a longo prazo, pode fazer com que em aquele dia que você saiu com a certeza de que ia fazer um sol de rachar seja o dia em que o mundo despenque sobre a sua cabeça de tanto chover.

Mas o que tudo isso quer dizer? Bem, é aquela velha história do efeito borboleta (eu ouvi um "ahhhhh"): "o bater de asas de uma borboleta na América do Sul causa um furacão no Texas". É um exemplo extremo da teoria do caos. Mas não deixa de ser possível. E o que torna isso possível é, como eu já disse, o fato dos elementos caóticos serem altamente sensíveis a variações mínimas em suas condições iniciais.

Sistemas gravitacionais com mais de dois componentes já se comportam de modo não-linear, isto é, de modo que qualquer previsão feita já apresenta uma boa margem de erro em relação a aquilo que se disse que poderia acontecer (caos).

Tá tá, mas pra que te interessa saber tudo isso? Você não está nem aí para os sistemas gravitacionais e, quanto ao tempo, basta sair com um guarda-chuva na mochila. Na verdade é bem simples: você talvez já tenha notado a influência que o caos tem em eventos do seu cotidiano, só não tinha se dado conta sobre o quê era realmente isso.

Um exemplo pra facilitar: você está saindo de casa em uma sexta de manhã, quando um amigo seu te liga pedindo aquele livro que ele tinha te emprestado de volta. Você perde 3 min procurando o livro até encontrá-lo e sair de casa pra pegar seu ônibus. Infelizmente, seu ônibus só passa de meia em meia hora, e ele estava saindo no exato momento em que você chega ao ponto. Você acaba tendo que pegar o próximo e, por outra infelicidade do destino, ele atrasa mais ainda no percurso por causa de um acidente que acabou de acontecer na pista. Você chega atrasado pro trabalho e o chefe lhe dá um esporro dizendo que por causa disso vai ter que fazer hora extra. E isso acontece bem no dia em que você tinha prometido ir ao cinema com sua namorada, que, ao saber que você não vai, fica extremamente revoltada e diz que "você nunca tem tempo pra ela" e resolve acabar o namoro. Conclusão: Lei de Murph... Opa, Teoria do Caos. Já identificou a origem de todo esse problema? São aqueles 3 minutinhos inocentes que você perdeu procurando o livro do seu amigo. Mas calma, não precisa estrangular o desgraçado. Acontece que os eventos do nosso cotidiano muitas vezes se comportam de forma caótica e seria impossível tanto pra você quanto pro seu amigo saber que esse pequeno acontecimento alteraria todo o seu dia.

E aí? Como evitar isso? Bem, aí entra a frase de Laplace: você não pode evitar, simplesmente porque não pode prever como todas as variáveis vão se comportar em função daquele pequeno acontecimento. Mas ao menos agora você tem uma maior compreensão de como o caos está presente na sua vida, e também espero que você já tenha algo a dizer a sua namorada: "a culpa não é minha, é a maldita Teoria do Caos que trabalha com a imprevisibilidade de eventos que contam com variáveis suscetíveis a mínimas alterações iniciais" (não precisa ser com essas palavras, hehe).

quinta-feira, 25 de março de 2010

Bikecross


Por essa nem Spielberg esperava

Frases que marcam - IV

"Volta teu rosto sempre na direção do Sol e então as sombras ficarão para trás."
- Sabedoria oriental. O que dizer dos orientais? Formaram impérios mais prósperos e consistentes que os nossos por várias centenas de anos, e sua sabedoria é carregada de ensinamentos valiosos (vide Confúcio ou Buda).

Em defesa do RPG - parte 2

"Calmaria. O Capitão pirata Frage O. Sea mantém seu único olho funcional fixo no horizonte. Há dias que o seu navio 'Desbravador Audaz' está imóvel devido a falta de vento. Nem um sopro se faz notar ao longo da imensidão azul que o contorna. Ele já teve de conter dois motins, um liderado por um cão do mar que ele só havia contratado por necessidade de mão-de-obra, e outro liderado por um a quem ele considerava ser o melhor entre seus homens, mas que aparentemente ambicionava muito a posição de capitão. Agora ambos repousavam no fundo do oceano enquanto ele tragava profundamente seu cachimbo de espuma-do-mar e passava a mão de tez bronzeada por seu tapa-olho.

De súbito um vento leve começa a soprar. O capitão pôde sentir seu chapéu desprendendo-se de sua cabeça enquanto uma ventania inesperada atinge o navio a estibordo. Frage O. Sea começa a bradar ordens de içar as velas enquanto toma posse do timão para controlar o posicionamento do navio. Estava salvo. Ou era isso que imaginava. O vento carregava seu navio para uma região pontilhada de pedregulhos e bancos de areia e, como se isso não bastasse, recoberta por uma densa névoa que dificultava a visualização dos perigos. Se seu navio chocar-se contra uma rocha sequer será seu fim. Mas, segundo seu mapa, para evitar tal região ele terá que forçar o navio para o Abismo da Tormenta, uma zona de confluência de inúmeras correntes marítimas e de bestas colossais que tornam o mar extremamente revolto e traiçoeiro. Esta é sua última tacada."

Então, agora você é o experiente Capitão pirata Frage O. Sea com a sua tripulação, e tem que se decidir entre passar por uma terrível zona de naufrágio com seus mantimentos próximos do fim, ou encarar o local em que nenhum outro homem do mar ousaria visitar: o Abismo da Tormenta, a região mais perigosa e envolta de histórias lendárias já conhecida por qualquer pirata. Isso é o RPG.

O RPG tem como principal e única função o entreterimento. E para tanto os jogadores de RPG entram em um mundo imaginário e interpretam personagens diversos. Mas isso tudo você já sabia. O que você não sabe ainda é o porquê de isso ser tão divertido.

Esse exemplo do Capitão pirata é apenas um, dentre inúmeros que eu poderia colocar, sobre o que alguém pode ser em um RPG. A graça de jogar RPG é a fuga da realidade que ele proporciona, e a chance possivelmente única de você ser quem você quiser. Você já viu filmes e histórias com heróis espacias, cavaleiros medievais, policiais durões, detetives perspicazes, guerreiros samurais, artistas marciais, lutadores ninjas, etc. mas, em algum momento, deve ter pensado "se eu fosse esse cara, teria feito diferente". Bem, essa é sua chance.

Mas não é só isso. Esse exemplo do O. Sea seria para um RPG individual. Mas o RPG é, 99.99% das vezes jogado em grupo, e portanto você poderia interagir com seus amigos (sendo que através do seu personagen) e com isso viver algumas aventuras que você teria apenas imaginado como seria bom se acontecessem. Qualquer lugar, qualquer época, qualquer personagem. E tudo isso porque o RPG é movido única e exclusivamente por imaginação, e essa poderosa capacidade humana pode lhe trazer inúmeros benefícios que você possivelmente não percebe (sendo o RPG apenas um deles).

Em suma, o RPG abre as portas da mente e lhe proporciona sensações e aventuras que você só poderia ter através da imaginação e da interação coletiva. Não é algo do demônio ou com finalidades nefastas (ô palavrinha maneira essa), mas algo em que você desenvolve não só a criatividade, mas noções básicas de como trabalhar em grupo, como tomar decisões corretas, como falar em público (você estará interepretando seu personagem para todos verem), como entender o ponto de vista do outro e expurgar seus preconceitos (você verá que há muitas pessoas diferentes, mesmo no seu mundo imaginário), e muito mais. E, mesmo que tenha as partes mais sinistras, elas servem exatamente para lhe conscientizar sobre o que há de mal não só naquele mundo, mas também no mundo real, e lhe atenta para sempre evitar isso aqui e tentar ser uma pessoa cada vez melhor.

Palavra de mestre de RPG: você se torna não só uma pessoa, mas um cidadão melhor ao jogar RPG. O mundo precisa da fantasia, pois ela é um dos fatores que cria as pontes mais sólidas entre nossas atitudes aqui na realidade e nossas concepções do que acreditamos ou não, do que seria o "certo" ou "errado" para nós (e também no ajuda a compreender isso).

E agora que você sabe o que há de maneiro no RPG, que tal experimentar? Mas calma, se ainda não está convencido ou não sabe bem como fazer, meu próximo post será norteador. Vou lhe dar noções de como interpretar seu personagem. Aguardem-me.

Instrumento de chantagem

Pois bem, quem aqui já foi chantageado? A resposta estará bem próxima da verdade se for dito "todo mundo".

E o que seria a chantagem? Bom, pegando uma das definições do Dicionário Priberam temos: "Extorsão de dinheiro ou favores com ameaça de escândalo ou outras consequências nefastas, no caso de negativa". Nossa. Assustador. Só a palavra "nefasta" já torna a definição assustadora. Mas é mais ou menos isso mesmo.

A chantagem é uma das inúmeras consequências de uma relação de poder (calma marxistas, não vou me aprofundar mais que isso). Essa relação de poder foi estabelecida entre você e outra pessoa devido a um instrumento que a outra pessoa possui, e que pode utilizar contra você: o instrumento de chantagem.

O instrumento de chantagem, ironicamente, é muitas vezes fornecido pela própria pessoa que está sendo (ou que poderá ser) chantageada. Você contou uma história extremamente comprometedora para alguém, ou fez algo que não deveria ter feito na frente de alguém, ou se envolveu em uma situação que não deveria ter se envolvido com alguém (como no caso de pedir dinheiro emprestado) e criou uma dívida com essa pessoa, a qual ele pode usar para lhe chantagear sob algumas condições.

Enfim, a chantagem é um instrumento vil, baixo, mesquinho, e egoísta que alguém utiliza para dominá-lo em seu próprio benefício.

E ainda outra categoria de chantagem é observada, mas essa não é tão eficiente (pelo menos não comigo), que seria a famosa "chantagem emocional". O chantagista utiliza do seu emocional para lhe pedir algo ou lhe cobrar um favor, muitas vezes sem razão ou argumentos válidos, apenas contando com a sua condescendência e compaixão (o que explica porquê não funciona comigo... Compaixão?! Jamais!)

Como evitar a chantagem? Confiança e prevenção. Evite manter dívidas com pessoas. E só conte algo que possivelmente lhe comprometeria se fosse a público para alguém de confiança. Não dê o instrumento de chantagem para qualquer um. Essa é uma das vantagens mais poderosas que alguém pode ter sobre você (quanto a chantagem emocional, basta não ser um bundão).

quinta-feira, 11 de março de 2010

Músicas inesquecíveis: pacote especial Disney [1]

Estou saudoso esses dias. Sinto saudade dos meus amigos, de Natal, de alguns velhos hábitos, e, principalmente, da infância. E, como nada melhor do que música para nos relembrar velhos sentimentos infantis, esse pacote especial do "Músicas Inesquecíveis" trará algumas músicas dos velhos filmes da Disney que eu adorava quando criança (e imagino que não só eu), para que você, leitor, possa relembrar junto comigo. Um único diferencial: estarão em inglês (relaxa, vou por letra e vídeo nesse pacote). Então, sempre que vir o Músicas Inesquecíveis como pacote especial, prepare-se para curtir os velhos e puros sentimentos infantis, que nunca devem ser esquecidos.

Começando com uma excelente.



Son of man - Phil Collins (Tarzan)

Oh, the power to be strong
And the wisdom to be wise
All these things will
come to you in time
On this journey that you're making
There'll be answers that you'll seek
And it's you who'll climb the mountain
It's you who'll reach the peak

Son of Man, look to the sky
Lift your spirit, set it free
Some day you'll walk tall with pride
Son of Man, a man in time you'll be

Though there's no one there to guide you
No one to take your hand
But with faith and understanding
You will journey from boy to man

Son of Man, look to the sky
Lift your spirit, set it free
Some day you'll walk tall with pride
Son of Man, a man in time you'll be

In learning you will teach
And in teaching you will learn
You'll find your place beside the
ones you love
Oh, and all the things you dreamed of
The visions that you saw
Well, the time is drawing near now
It's yours to claim it all

Son of Man, look to the sky
Lift your spirit, set it free
Some day you'll walk tall with pride
Son of Man, a man in time you'll be

Son of Man
Son of Man's a man for all to see

Falar corretamente

Uma arte esquecida. As pessoas hoje tem o terrível hábito de atropelar as palavras enquanto falam, esquecem-se de respirar. A única preocupação vigente é passar o maior número de informações no menor tempo possível. Eu mesmo já cai nessa desgraça inúmeras vezes, e até hoje me policio para não acelerar a fala. Mas isso não é culpa nossa.

Com o advento da internet, do mundo virtual, e do slogan da tim ("você, sem fronteiras"), a informação tem sido priorizada em detrimento de como ela deve ser passada. Recebemos centenas de mensagens, e-mails, comunicados, informes, avisos. Dia-a-dia, esse grande número de notícias nos afoga e nos estressa. Mas tem mais: a vida urbana também tem sua parte de culpa nessa história. Ela nos acelera, nos torna mais rápidos, apressados, ansiosos, desesperados. Acabamos fazendo tudo (tudo mesmo!) com pressa. Nós não recordamos mais o que é caminhar vagarosamente, ou parar e admirar a paisagem a sua volta. Nós simplesmente corremos. Eis que entra a fala.

Deveria ser de absoluto conhecimento humano, que o mais importante não é O QUE se diz, mas COMO se diz. A transmissão da informação é mais importante do que a informação em si. Por isso ao observar alguém contando uma história sem pausar, sem alterar a voz entre as personagens e sem nem mesmo mudar a entonação da fala, eu me sinto mal. Não mal pela história, mas pela maneira como ela foi contada. Mais uma vez, me remetendo ao post "piada", eu mencionei que toda piada tem seu "timing". Pois bem, até isso está sendo trespassado.

Conversar com calma, até mesmo para organizar os pensamentos, para manter um clima de interesse no que se diz, é de suma importância para um bom entendimento e aproveitamento do que se conta. Como podemos nos comunicar aos atropelos? Contando um "causo" o mais rápido possível para ver a reação das pessoas e logo em seguida contar outros? Isso é denegrir a arte mais antiga da Terra - a comunicação.

Leitor, não se deixe levar pelos hábitos virtuais-urbanos. Fale, mas devagar. Utilize as pausas, a entonação, a r-e-s-p-i-r-a-ç-ã-o para falar. Transmita sua mensagem de maneira que ela atinja seu interlocutor da maneira mais profunda possível, mesmo que seja algo trivial. Quanto mais impactante o modo com que se fala, mais importância se dá a aquilo que foi dito e a quem o disse. E, mais do que isso, saiba quando ficar calado (mas eu falo sobre isso depois, por ora, vou me calar).

quarta-feira, 10 de março de 2010

Isso é desleal

We are the champions, my friends
(eu ri pacas)

Olho no olho (filosofia)

Sou só eu, ou mais alguém aqui não gosta de olhar nos olhos das outras pessoas? Vi uma vez, com fontes que prefiro ocultar (tá bom, tá bom, o filme era "Atlantis - o retorno de milo" da Disney, mas não contem pra ninguém), que "os olhos são as janelas da alma". Pois bem, você gosta de espiar pela janela de alguém? Ok, você pode até gostar, mas sabe que não é certo.

Partircularmente, venho tentando criar o hábito de olhar nos olhos das pessoas enquanto falo, mas não é do meu feitio. Definitivamente são poucas as pessoas as quais consigo olhar olho no olho sem me sentir desconfortável. E não por parte de ver a pessoa, mas sim por saber que ela está me observando. Observando minha alma.

Não, não é que tenho algo a esconder. Quer dizer, eu tenho segredos, mas não é olhando nos meus olhos que vão descobri-los. A questão é que os olhos são algo pessoal, especial. São por seus olhos que você vê o mundo, e acaba sendo por eles que as pessoas te veem. Mas não é justo deixar que qualquer pessoa veja sua essência, ou é?

Há muitas culturas que são opostas, em algumas olhar nos olhos é uma tremenda falta de respeito, em outras NÃO olhar que é a fata de respeito. Eu não vou dizer que seja falta de respeito, mas sim que seja incômodo. Encarar uma pessoa é uma atitude que deveria ser realizada entre amigos, velhos conhecidos, parentes. Pessoas em quem você confia, e para quem sua alma é um livro aberto.



Essa será uma filosofia democrática, porque está embasada principalmente na minha opinião pessoal, então espero que você, amigo leitor, dê a sua opinião. Até a próxima.