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domingo, 28 de novembro de 2010

Quando não se quer filosofar

Eu tenho estado ausente. Não é crise de identidade, não é crise de existência nem nada. Simplesmente estou sem tempo. Minha vida anda cheia, complicada, como sempre fica no fim de ano. E quando eu penso que devia me dedicar a meu blog eu estou cansado, desinteressado ou mesmo não estou.

Chega um momento na vida de todo mundo que ele questiona suas atitudes. Algo como "será que o que eu faço é certo?", ou "será que é isso que eu quero fazer?". Idem para mim nesse momento. Eu filosofo tão e somente sobre questões variadas e muitas vezes de pouco interesse as pessoas. Eu mesmo canso de filosofar.

Quando olho esse blog, e vejo o quanto já escrevi, sinto-me em parte feliz. Tem muitos posts que eu não gosto, muitos que eu poderia melhorar e muitos mesmo que eu não concordo (ou não concordo mais). Mas sinto que a satisfação de filosofar, de pensar um assunto pela minha perspectiva, está me cansando. O esforço aparentemente não vale a recompensa. Mas é isso o que sempre dizemos.

Como eu disse no meu primeiro post, isso aqui é uma tentativa. Uma tentativa de mostrar o meu jeito de pensar para as pessoas que querem lê-lo. Toda tentativa tem a chance de falhar. O insucesso é consequência da chance.

Apesar disso tudo, eu ainda não desisti. É óbvio que não. Sou persistente demais para desistir de minhas metas. Eu gosto desse blog, e eu gosto do que faço com ele. Então esse post é só pra avisar que está tudo bem, que eu estou ocupado e é por isso que não estou postando. Tudo vai se normalizar em dezembro (lembrando que janeiro é mês de férias do blog, então não postarei nada).

Abraços a todos que leem isso aqui. I'll be back soon.

domingo, 14 de novembro de 2010

Entre mundos (filosofia)

Aconselho a todos aqueles que nunca tentaram essa experiência, tentarem: deitem em suas camas a tarde quando estiverem com sono, mas se esforcem para não ficarem completamente desmaiados. Comecem a pensar sobre alguma coisa. Qualquer coisa. Se, por algum motivo, vocês deviarem do que estavam pensando pra pensar em outra coisa, ótimo. Significa que está funcionando. É possível que, dentro em breve, você comece a "sonhar acordado".

Não quero dizer sonhar acordado no sentido de ficar devaneando sobre a vida enquanto estamos acordados. Mas justamente ficar em um estágio intermediário, meio dormindo, meio acordado. Entre o mundo do sonho e da realidade. Antes que alguém me acuse, não estou postando isso pelo novo filme do Leonardo de Caprio, e tão pouco pela edição do mês passado da Super interessante. Não vi o filme e não comprei a revista. Estou falando isso porque acontece comigo constantemente, e imagino que possa acontecer com outras pessoas (ou então eu tenho um tumor no cérebro, mas prefiro pensar que vai acontecer com vocês também).

Agora que vocês com certeza leram os dois primeiros parágrafos e ignoraram completamente o que eu pedi pra fazer eu gostaria que vocês tentassem não ignorar essa: tentem imaginar como seria controlar o seu sonho. Que legal, eu poderia sair voando! Se foi isso que você pensou sua imaginação é tão fértil quanto a dos produtores de continuações em Holywood (transformers 2 foi um lixo). Você poderia fazer qualquer coisa e iria sair voando? Tsctsc.

Se não foi isso que você pensou e está se perguntando "tá, e daí? É tudo um sonho mesmo". Bom, a diferença de imaginar e de sonhar, é que no sonho as coisas parecem reais. Sem querer entrar no mérito do que é real, apenas pensem que nos sonhos você "sente" objetos, percebe odores, reproduz emoções. Qual a diferença substancial disso para a realidade? Não é para viver no mundo dos sonhos, mas nada o impede de aproveitá-lo.

Sonhando acordado você consegue, até certo ponto, controlar seu sonho. Ou ao menos controlar aquilo com o que você quer sonhar. Você perceberá aquilo como real, sentirá aquilo como real, e viverá aquilo como real. Tem patas de coelho, orelhas de coelho e dentes de coelho. Será que é um coelho?